quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A CONTRADIÇÃO SOCIAL!

Sou uma criança rural,
Vivo do solo desse chão...
Na escola me dou mal,
Meu suor gera meu pão!
Falta tempo para estudar,
Meu pai me tirou da escola...
Preciso em casa ajudar,
Para não viver de esmola!

Certo dia meu pai falou,
Nunca peguei um caderno na mão...
A vida lhe ensinou...
Quem trabalha, não tem Inanição!
Com meus dez anos agora,
Sonho em cursar o primeiro ano...
Sinto que é chegada a hora...
De realizar-me como ser humano!

Sou um garoto urbano,
Tenho tudo que peço...
Não passo do segundo ano,
Estou em constante regresso!
Meus pais trabalham fora,
Não revisam meu caderno...
Quando chego da escola,
Sinto falta de carinho fraterno!

Desejo algo mais,
À professora não sei perguntar...
Não há diálogo com meus pais,
Não consigo me expressar!
Vou reprovar novamente,
Com dez anos de idade,
Sou um garoto diferente,
Moro no centro da cidade!

Veja você essa contradição,
Dos garotos aqui em questão...
Um não estuda por falta de pão,
Outro por falta de atenção!
Ironia do destino,
Essa tal contradição...
Desejo simples de menino,
Reivindicando um pouco de educação!

Precisamos socializar,
Esse garoto rural...
Depois atualizar...
Esse menino central!
Reunir esses casais,
Que pisam no mesmo chão...
Em suas casas são seus pais,
Na sociedade, cidadãos!


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